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- Um novo fenómeno da internet, nascido nos Estados Unidos, começa agora a ganhar força um pouco por todo o Mundo. São as drogas digitais sonoras, chamadas de e-drugs, cujos efeitos para a saúde dos seus utilizadores ainda estão por estudar.
As drogas virtuais consistem numa acção neurológica que através da emissão de diferentes sons em cada ouvido estimula o cérebro e produz sensações de euforia, estados de 'transe' ou relaxamento. As sessões têm entre 15 e 30 minutos cada uma, e os sons podem ser obtidos em sites a preços que variam entre os 7 e os 100 euros.
O principal objectivo das e-drugs é, precisamente, transmitir sensações fora do comum e do normal aos seus usuários, mas sem existir o consumo dos estupefacientes ditos tradicionais, como é o caso do haxixe, da cocaína ou da heroína, e muitos menos a imagem associada a estas últimas.
O normal é os consumidores destas drogas virtuais fazerem-no deitados na cama ou num sofá, com uns auscultadores nos ouvidos, numa posição relaxante e bastante confortável.
E-drugs acessíveis online
O acesso a estas substâncias é efectuado sobretudo através de blogues ou de redes sociais, como o Facebook ou o Hi5, e tem vindo a despertar o interesse de um elevado número de jovens um pouco por todo o Mundo, sendo o caso mais recente a França.
De acordo com fontes da missão interministerial para a luta contra as drogas e a toxicologia do Governo francês, este é um fenómeno que não é «nem alarmante, nem emergente» e que, por enquanto, não tem motivo para ser proibido naquele país. Para além disso, os peritos acreditam que estas drogas não representam nenhum perigo para a saúde do seu público alvo e que não criam dependência.
O problema é que ainda não existem estudos que confirmem estas crenças. De salientar que as drogas digitais invadiram a França nos últimos três meses e que os jovens são os seus principais compradores.
Médicos preocupados
Apesar dos sons terem um poder relaxante, ajudarem na concentração e chegarem mesmo a ser utilizados com fins terapêuticos para algumas doenças, como o autismo, há especialistas em neuropsicologia que estão preocupados com alguns dos sintomas que têm sido relatados pelos consumidores.
Os investigadores acreditam que certas frequências estimulam a imaginação ou a criatividade, o que pode criar as alucina-ções que os utilizadores afirmam ter durante e depois das sessões. O receio dos especialistas é que haja a possibilidade destas drogas provocarem disfunções cerebrais com o passar do tempo.
Jovens relatam sensações
No entanto, os possíveis perigos das e-drugs não parecem preocupar os adolescentes e jovens adultos, que compartilham as suas experiências nas redes sociais, onde recomendam as melhores doses.
«Senti chamas nos meus braços, que desciam gradualmente até aos dedos dos pés, tinha a impressão de que o meu braço pesava uma tonelada e um dos meus dedos estava curvado. Foi genial», relata um utilizador, garantindo ter visto uma tartaruga, um elefante verde e até o Pai Natal aos pés da cama.
«Meu coração batia muito forte e eu tremia como um louco. Após a dose, acalmei-me e parou. Respirei forte e achei que foi óptimo. Depois da dose senti excitação e vontade de fazer muitas coisas. A vida é genial», acrescenta outra consumidora.
Blogues dão dicas sobre uso correcto
De acordo com o blogue I-Doser, os consumidores devem ecolher um ambiente calmo, escuro, tranquilo e onde não exista hipótese de ninguém o pertubar, antes de descarregarem os sons que adquiriram. Depois deve sentar-se «num lugar confortável ou deitar-se» e usar uns auscultadores de qualidade para não se perder nenhum pormenor dos sons. O blogue recomenda ainda que o utilizador permaneça de olhos fechados durante toda a dose, que não ache estranhos os 'zumbidos' produzidos e que oiça a totalidade da 'droga virtual'.
Tentar uma nova forma de 'meditar'
A diferença entre as drogas ditas tradicionais e as virtuais está também na relação do utilizador com a substância. Enquanto que uma droga ilícita é uma compensação, a e-drug é uma busca interior de uma resposta, que exige concentração na busca de um efeito. As e-drugs são uma tentativa de dar uma cara nova para um método de meditação e relaxamento, explica Alexandre Pills, psicólogo integrante do Núcleo de Pesquisas da Psicologia em Informática da da Universidade Católica de São Paulo.
Técnica teve a sua origem há 171 anos
Apesar do conceito das e-drugs ser recente, a verdade é que a técnica que a sustenta já tinha sido descrita em 1839, mais concretamente há 171 anos. Contudo, nunca foi comprovada e todos os estudos feitos são inconclusivos e não comprovam a eficácia das e-drugs - apesar dos inúmeros vídeos e testemunhos colocados na internet. Até agora, a única conclusão concreta dada pela ciência é que a música é capaz de influenciar comportamentos e que pode ser usada como método terapêutico.
AUTOR: Patrícia Susano Ferreira | pferreira@destak.pt
FONTE: Destak.pt
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